Ar engarrafado? Existe e há quem pague bem por ele.
Se há bem que estamos habituados a consumir sem pagar é o ar. E, no entanto, morreríamos rapidamente se nos víssemos privados deste. A gratuitidade do ar é fácil de explicar: apesar de ser essencial, a oferta excede a procura como nenhum outro bem.
Mas agora imagine que o ar puro era um bem escasso. Ou melhor, vá a uma grande cidade chinesa. Em Dezembro de 2015, a capital Pequim accionou pela primeira vez na sua história um alerta vermelho de poluição ao registar valores de contaminação 15 vezes superiores ao nível máximo recomendado. Um mês antes, em Liaoning, no Nordeste da China, foi detectada uma concentração de partículas nocivas no ar 56 vezes superior aos valores recomendados pela Organização Mundial de Saúde.
Enquanto a China tenta resolver lentamente os seus problemas ambientais, a escassez de ar puro torna-se numa oportunidade de negócio para quem o tem para dar e vender. Esta segunda-feira, a CNN conta a história de um jovem empresário britânico que está a exportar frascos de ar para a China. E é um produto gourmet: cada frasco com 580 mililitros de ar recolhido no País de Gales ou no Sudoeste inglês custa cerca de 100 euros.
Saiba mais: http://www.publico.pt/ciencia/noticia/chegou-o-dia-em-que-se-paga-para-respirar-1722738
|