Enquanto a crise contribuiu para uma quebra do consumo energético em Portugal, a electricidade de origem renovável conseguiu aumentar o seu peso no consumo final. Até Agosto, as energias renováveis (essencialmente hídrica e eólica) mantinham-se como a principal fonte de electricidade do país, representando já 67% do consumo. Como resultado, a taxa de dependência do país da importação de energia nunca esteve tão baixa, situando-se em 71% no final do ano passado.
Embora a tendência se tenha acentuado nos últimos anos, há um abrandamento à vista. Enquanto a importação de gás natural e carvão tem caído, “o petróleo não tem mexido”, pelo que a solução tem de passar pela aposta nos biocombustíveis e pela mobilidade eléctrica, aponta.
No relatório do Estado do Ambiente de 2013, a Agência Portuguesa do Ambiente refere que o sector dos transportes foi, em 2011, o que apresentou um maior consumo de energia final, de cerca de 36%. As estatísticas sobre a factura energética de 2013, divulgadas em Abril pela Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) também mostram esse custo. A factura energética líquida do país (o que consumiu efectivamente, retiradas as exportações) foi de 6231 milhões de euros, dos quais 4610 milhões foram em ramas e refinados, uma parte importante dos quais é sector dos transportes.
Source: http://www.publico.pt/economia/noticia/renovaveis-prometem-fazer-descer-mais-a-dependencia-energetica-de-portugal-167186 |