Uma viagem pelo sol pode ter alterado seletivamente a produção de uma forma da água num cometa - um efeito que não foi observado antes pelos astrónomos, sendo assim um novo estudo da NASA.
Os astrónomos do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA, em Greenbelt, Maryland, observaram o cometa Lovejoy, quando este passou perto da Terra no início de 2015. Por meio da parceria da NASA no Observatório WM Keck em Mauna Kea, a equipa observou tamém o cometa nos seus comprimentos de onda infravermelhos alguns dias depois de Lovejoy ter passado no seu perihelion - ponto o mais próximo ao sol.
Os cientistas compararam as suas descobertas das observações de Keck com as observações de outra equipa feitas antes que o cometa atingisse o periélio, usando telescópios espaciais e terrestres onde acabaram por encontrar assim uma diferença inesperada: após o periélio, a produção de HDO foi duas a três vezes maior, enquanto que a saída de H2O permaneceu essencialmente constante. Isto significou que a razão D- para -H era duas a três vezes mais elevada do que os valores relatados mais cedo.
A mudança aparente no D- para -H de Lovejoy pode ter sido causada pelos níveis mais altos de processos energéticos - como a radiação perto do sol - que podem ter alterado as características da água nas camadas superficiais do cometa. Neste caso, um valor D- para -H diferente pode indicar que o cometa "envelheceu" num estágio diferente do seu ciclo de vida.
Cientistas do Centro Goddard da NASA observaram o cometa Lovejoy - e fizeram medições simultâneas da saída de H2O e de HDO, uma forma variante de água. Esta imagem de Lovejoy foi tirada a 4 de fevereiro de 2015 - no mesmo dia em que a equipa fez as suas observações e alguns dias depois o cometa passou seu periélio - ponto mais próximo ao sol.
Créditos: Cortesia de Damian Peac
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Source: https://www.nasa.gov/feature/goddard/2017/study-hints-at-change-in-water-fingerprint-of-comet | 
