No Lousal, já não se extrai pirite das minas, mas a memória permanece e foi fortificada com o aparecimento do centro Ciência Viva no local.
“Já nem tem o cheiro que tinha” – quem o diz é um antigo mineiro da mina do Lousal, encerrada em 1988. José Pacheco, 53 anos, vai descer de novo à mina, onde trabalhou durante seis anos, de 1981 a 1987, mas já sente a ausência da extracção de minério. Depois do Lousal, foi para as minas de Neves Corvo, em Castro Verde, Alentejo, e agora está aposentado. Vai descer de novo 30 metros abaixo da superfície. Coloca um capacete amarelo. “Já faz parte da minha mobília”, pensa alto. Não é o único. Com ele, vão mais de 20 pessoas. Afinal, o centro de Ciência Viva no Lousal organiza visitas à mina já encerrada.
Source: https://www.publico.pt/2017/02/08/ciencia/noticia/uma-aldeia-mineira-reerguida-gracas-a-um-museu-1761198 |