Equipa com liderança portuguesa encontrou uma "receita" para criar artificialmente estas células que poderá abrir o caminho a futuros tratamentos de uma forma de surdez que afecta milhões de pessoas no mundo.
Na parte mais recôndita dos nossos ouvidos residem células sensoriais, ditas ciliadas por causa dos “pelinhos” (cílios) que as cobrem, que são essenciais à nossa audição (e também ao nosso sentido de equilíbrio). Mas são frágeis e não se regeneram espontaneamente – o que faz com que a sua perda cause perturbações auditivas permanentes.
Já foi possível produzir células ciliadas no laboratório, mas através de um procedimento complexo e de baixo rendimento. Agora, esta situação poderá vir a mudar: uma equipa internacional de cientistas, liderada por um biólogo português especialista do desenvolvimento, conseguiu produzir células ciliadas através de uma nova técnica que afirmam ser mais simples e eficiente. Os seus resultados foram publicados na última edição da revista Development.
As células ciliadas têm a particularidade de ser capazes de transformar as vibrações sonoras em sinais electroquímicos que a seguir são transmitidos ao cérebro pelo nervo auditivo e interpretados como sons. Podem ficar danificadas por muitas razões, que vão da exposição prolongada a ruído intenso, febres altas, certos vírus, alguns medicamentos – e, simplesmente, o natural processo de envelhecimento.
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