Para uma espécie de criatura que vive no mar, porém, morrer não faz parte, necessariamente, do destino. A não ser que seja abocanhada por um predador, a água-viva da espécie Turritopsis dohrnii pode viver indefinidamente. A sua capacidade de rejuvenescimento fez com que ficasse conhecida como «Benjamin Button» ou «Highlander» dos oceanos.
A capacidade de rejuvenescimento da Turritopsis pode existir, também, noutras espécies do mesmo grupo. Porém, só foi bem documentada, até agora, nesta água-viva que tornou-se numa obsessão para Kubota.
A particularidade da Turritopsis é a presença de células não diferenciadas, análogas às células-tronco humanas. Elas são totipotentes, ou seja, podem transformar-se em qualquer célula e compor qualquer tecido, e garantem um processo de regeneração contínuo a essas águas-vivas. Ou seja: mesmo depois de atingir a fase adulta reprodutiva de medusa, os seus tentáculos degeneram-se e ela volta à fase larvar e imatura de pólipo. E assim sucessivamente.

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