A libertação de mosquitos Aedes aegyti geneticamente modificados, como forma de combater a dispersão destes insetos, “não tem impacto significativo” no ambiente, nos humanos ou nos animais, referiu um relatório preliminar da agência norte-americana para a alimentação e medicamentos (FDA, Food and Drug Administration). O relatório ressalva, no entanto, que “todas as constatações, conclusões e determinações descritas no documento são preliminares e podem mudar com base em revisões futuras”.
Estas primeiras conclusões de que não haveria impacto foram baseadas em dados do trabalho de campo da Oxitec – a empresa britânica que criou estes mosquitos -, observações realizadas pelos inspetores da FDA, acompanhados por um especialista dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americanos (CDC), numa visita ao centro de criação dos mosquitos e uma visita ao local, nos Estados Unidos, onde se pretende introduzir os mosquitos modificados. O documento está disponível para discussão pública.
O mosquito Aedes aegypti é responsável pela transmissão de vírus como zika, dengue, febre-amarela ou chikungunya. Mas só as fêmeas. São estas que precisam de sugar sangue aos humanos e animais, para se alimentarem, enquanto estão a produzir ovos. Os machos não picam. Também por isso, a FDA considera que, como os mosquitos geneticamente modificados são sobretudo machos, os riscos de reações alérgicas às picadas são “negligenciáveis”.
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