Investigações vindas do Brasil reforçam relação entre o vírus Zika e os problemas de malformação congénita do cérebro, que já afectaram 1113 recém-nascidos naquele país.
Os mosquitos da espécie Aedes aegypti são vectores do vírus Zika
Quem anda a seguir de perto a epidemia do vírus Zika está a testemunhar, passo a passo, os caminhos que a ciência tem feito para compreender a biologia deste agente patogénico, a sua interacção com o corpo humano e as consequências para os doentes infectados pelo vírus. Nas últimas semanas, vários artigos científicos apoiaram a ligação entre a infecção do Zika em grávidas e o desenvolvimento de microcefalia nos fetos. Um novo estudo faz uma descrição dos danos no cérebro de recém-nascidos com microcefalia associada à infecção de Zika nas mães.
O trabalho, publicado na revista The BJM, analisou 23 bebés nascidos no estado de Pernambuco, no Brasil, diagnosticados com microcefalia entre Julho e Dezembro de 2015. Durante a gravidez, 22 das 23 mães tiveram erupções cutâneas – um dos sintomas mais comuns da infecção do vírus Zika, que em muitos casos é completamente assintomática. Em seis dos bebés detectaram-se anticorpos contra o Zika. Em todos eles descartaram-se outras infecções que poderiam causar microcefalia, como a toxoplasmose, o citomegalovírus, a rubéola, a sífilis e o VIH.
Source: https://www.publico.pt/ciencia/noticia/imagens-mostram-os-danos-cerebrais-de-recemnascidos-com-microcefalia-1728954?frm= |