Em poucos dias, dois macacos com uma lesão parcial na espinal medula recuperaram o movimento da perna paralisada. É mais um passo importante em direcção a uma aplicação clínica dos interfaces neurológicos em humanos.
Modelo em silicone de um cérebro de um macaco rhesus com o conjunto de eléctrodos usado na experiência.
Uma equipa de cientistas usou um interface neurológico, sem fios e em tempo real, para restabelecer a comunicação entre o cérebro e a medula lesionada de dois macacos rhesus e conseguiu, em poucos dias, que os primatas voltassem a andar. É a primeira vez que uma neurotecnologia restaura a locomoção e foi em primatas, mas ainda há um caminho até chegarmos a uma aplicação nos humanos.
Explicação:
- Para que uma perna ou um braço se mexa, o cérebro tem de enviar uma ordem até à medula que, por sua vez, descodifica os sinais e envia a informação para os músculos que executam o movimento.
- Quando há uma lesão na medula, o cérebro pode enviar a mensagem, mas ela é travada no local da lesão. Sem comunicação, o resultado é a paralisia.
- Sem a intervenção a que foram sujeitos, a recuperação deste tipo de lesões é possível mas costuma demorar pelo menos um mês e muitas sessões de fisioterapia.
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