São conclusões de um novo estudo que contraria muitos outros. Grande parte dos cancros pode ser evitável já que são os fatores externos, como o tabaco ou o álcool que estão na origem do desenvolvimento da doença.
Yusuf Hannun, responsável pelo trabalho, citado pela BBC, explica que os "fatores externos tem um papel muito importante no desenvolvimento da doença". Por exemplo, os "fumadores não podem dizer que foi um 'azar' desenvolver cancro porque fumam", ou seja, estão expostos a elementos tóxicos.
Para os investigadores, o número de casos de cancro é demasiado elevado para ser explicado apenas pelas mutações que ocorrem naturalmente nas células. Por isso analisaram casos de imigrantes que se mudaram de regiões consideradas de baixo risco, em relação ao desenvolvimento de cancro, para locais com uma maior incidência da doença. Concluíram que esses imigrantes tornaram-se mais vulneráveis.
Defendem por isso que a maioria dos casos de cancro resulta de fatores controláveis e evitáveis tais como a exposição a químicos tóxicos ou à radiação.
Quanto a números, os responsáveis pelo trabalho concluíram que 9 em cada 10 cancros são causados por fatores externos e ambientais tais como o tabaco, o álcool, a exposição ao sol e a poluição.
Relativamente ao cancro do cólon ou retal, perto de 75% dos casos estão relacionados com os hábitos alimentares; 86% do risco do cancro da pele é desenvolvido pela exposição solar e existem 75% de hipóteses de desenvolver cancro da cabeça e pescoço devido ao abuso do tabaco ou álcool.
