Embora as estruturas estejam longe de replicar a forma e a função total deste órgão, já podem servir para o teste de fármacos.
O rim é o órgão excretor por excelência, produzindo a urina a partir da filtragem do sangue. Substâncias tóxicas como a ureia e a creatinina são expelidas do organismo dos vertebrados através da função renal, que é ainda responsável pela regulação de iões como o sódio, o potássio ou o cálcio, e por deitar fora a água que está a mais no corpo. É por isso que a insuficiência renal é tão grave.
As pessoas que, devido a alguma doença, ficam sem rins, têm de filtrar o sangue artificialmente por hemodiálise quando não há oportunidade de um transplante. Agora, uma equipa de investigadores conseguiu produzir mini-rins a partir de células humanas capazes de dar origem aos diversos tecidos do organismo, mostra um artigo publicado na edição desta quinta-feira da revista Nature. Este é um passo em direcção à produção de rins no laboratório.
“O rim humano contém até dois milhões de nefrónios responsáveis pela filtração do sangue”, lê-se no resumo do artigo, assinado por Melissa H. Little, do Instituto de Investigação Murdoch para Crianças, em Melbourne, na Austrália, e outros investigadores, entre os quais a cientista portuguesa Susana Lopes, do Centro Médico Universitário de Leiden, na Alemanha. Os nefrónios são estruturas complexas, que estão em contacto com os vasos sanguíneos para filtrarem o sangue. O líquido que resulta daí é recolhido pelos ductos colectores.
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