Eles nem possuem células e são microscópicos, mas estão entre os seres mais temidos do mundo: os vírus. A característica que torna esses parasitas tão ameaçadores é sua capacidade de reprodução, que depende da invasão de uma célula viva.
Na lista dos vírus considerados mais mortais do mundo estão os da família Filoviridae, que provocam febres hemorrágicas graves. Dois gêneros de filovírus estão no noticiário atualmente: o ebola, que já causou pelo menos 5.000 mortes este ano, e o Marburg, considerado ainda pior.
Batizado com o nome de uma pequena cidade alemã, local onde o vírus foi documentado pela primeira vez, o Marburg tem uma taxa de mortalidade de aproximadamente 90% (ou seja: a cada 100 infectados, 90 morrem). Assim como o ebola, sua origem é a região que compreende Uganda e Quênia.
O infectologista Esper Kallas também recorda o pânico disseminado em 2002 e 2003 com o vírus da Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave), considerada preocupante porque a transmissão ocorre por gotículas de saliva lançadas no ar (no caso do ebola, é preciso haver contato com sangue, secreções ou tecido). A taxa de mortalidade era de 50%. Uma versão parecida de coronavírus surgiu em 2012 na Arábia Saudita, ganhando o nome de Mers (Síndrome Respiratória por Coronavírus do Oriente Médio).
Também no "ranking" estão os hantavírus (há diversos deles, todos pertencentes à família Bunyaviridae), que são transmitidos por roedores. A primeira descrição ocorreu na década de 1950, durante a Guerra da Coreia, tanto que a palavra deriva do nome de um rio, o Hantan.
Outros vírus menos conhecidos, mas igualmente ameaçadores, são o de Lassa, também transmitido por roedores, o Junin, associado à febre hemorrágica argentina, o Machupo, causador da febre hemorrágica boliviana, o vírus da Crimeia-Congo, transmitido por carrapatos assim como o vírus da floresta de Kyansur, identificado na Índia em 1955.
Embora a maioria dos vírus considerados mais assustadores sejam provenientes de animais, Kallas lembra que há um vírus essencialmente humano que continua fazendo vítimas todos os anos: o da dengue.
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