Durante cinco semanas foram feitas imagens sistemáticas de um total de 14 espécies, como os lobos cinzentos (Canis lupus), as raposas (Vulpes vulpes), os gauxinins (Nyctereutes procyonoides) e os javalis europeus (Sus scrofa), que permitiram determinar a ocupação que os animais fazem dos vários espaços. E a o que emerge dessa análise é que os níveis de radiação, incluindo os mais severos, não interferem com a dinâmica, ou sequer, a dimensão das populações.
"Não encontrámos qualquer indício que sustente a tese de que as populações [animais] são suprimidas das zonas mais contaminadas", afirma, por seu turno o coordenador da equipa, James Beasley. "O que verificámos, isso sim, é que os animais frequentam as diferentes zonas de acordo com as suas necessidades de água e alimento".
Quase 30 anos depois, cumprem-se na próxima semana, do maior acidente nuclear da história, que destruiu um dos quatro reatores da central Chernobil, na Ucrânia, poucas pessoas vivem hoje na vasta Zona de Exclusão criada em torno da central. Em contraste, a vida selvagem prospera ali e um estudo que recorreu pela primeira vez a câmaras fotográficas ocultas para avaliar a vida selvagem local, faz agora uma revelação surpreendente: a radiação que contamina toda a região não parece ter qualquer impacto na distribuição das populações das espécies selvagens.
O estudo, realizado por um grupo de biólogos da Universidade da Georgia, em Savanah, nos Estados Unidos, centrou-se nos mamíferos carnívoros, os predadores de topo na cadeia alimentar, que acumulam os maiores níveis de contaminação. Além de ingerirem elementos radioativos através das presas, que por sua vez se alimentaram de produtos contaminados, estes animais estão, eles próprios, expostos à contaminação ambiental, através do ar, do solo e da água.
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Source: http://www.dn.pt/sociedade/interior/vida-selvagem-a-solta-em-chernobil-apesar-da-contaminacao-5133223.html |