Portugal é um país de paradoxos: tem uma das mais altas taxas de produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis da Europa (quase 60% no ano passado ); é um importante exportador de tecnologia verde; foi um dos primeiros e mais ambiciosos a traçar planos para a mobilidade elétrica (ainda no tempo de José Sócrates); situa-se entre os países mais bem-comportados na emissão de dióxido de carbono (apesar de a crise económica desempenhar aqui um importante papel).
E ao mesmo tempo tem, há meio século, mais de cem mil metros cúbicos de solos contaminados com substâncias perigosas, como chumbo, mercúrio, arsénio e crómio, nos antigos terrenos da Siderurgia Nacional, no Seixal.
"A incapacidade de resolver estas situações retira-nos credibilidade para falarmos dos novos temas ambientais, como alterações climáticas, energias renováveis, eficiência energética, cidades sustentáveis e reabilitação urbana", diz à VISÃO Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, durante um périplo por alguns dos "passivos ambientais" mais antigos do País, como o Seixal e o Barreiro.
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