Pesquisa identificou micro-organismos adaptados a condições extremas de vida na Fossa das Marianas, localizada no Pacífico, com 11 km de profundidade. Níveis consideravelmente elevados de atividade microbiana foram detectados na Fossa das Marianas, situada no Oceano Pacífico e considerada o local da crosta terrestre mais profundo conhecido até agora, informam pesquisadores da Universidade do Sul da Dinamarca em um artigo publicado neste domingo, na revista científica Nature Geoscience.
A Fossa das Marianas, uma espécie de longa cicatriz de 2.550 km de comprimento no oceano Pacífico, atinge 11 quilômetros de profundidade na Depressão Challenger, onde caberia com folga o monte Everest (8.850 metros). Devido à sua extrema profundidade, a fossa está envolta em uma escuridão perpétua com temperaturas glaciais. Muitos cientistas consideram que, quanto mais profundo é o oceano, menos alimento disponível existe, pois este tem que fazer o caminho da superfície, rica em oxigênio, até as profundezas. Por essa razão, a equipe de pesquisadores que realizou o estudo se surpreendeu ao descobrir que a Fossa das Marianas é rica em matéria orgânica.
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