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Os investigadores da SUNY (Faculdade de Ciência Ambiental e Silvicultura) não contavam que um caracol bebé fosse viabilizar as suas tentativas de salvar a espécie de caracol Chittenango ovate amber da extinção. No início do estudo, havia apenas 340 caracóis no único habitat natural desta espécie: 140 metros quadrados em Chittenango Falls, Cazenovia, New York.

Os investigadores recolheram 10 caracóis  para o laboratório para tentar reproduzi-los em cativeiro e aumentar a população selvagem. O primeiro passo foi simular em laboratório as mesmas condições de vida encontradas no habitat natural dos caracóis, para mais tarde poderem ser soltos na natureza.

Inicialmente os caracóis pareceram se adaptar ao novo habitat e à dieta que lhes foi administrada, mas passado algum tempo eles simplesmente pararam de comer. Os cientistas devolveram os dez caracóis ao seu habitat natural e tentaram com um segundo lote. Um dia as folhas que eles iriam comer continham algo inesperado.

“Um caracol pequeno clandestino com cerca de 4 mm de tamanho entrou na vegetação”, diz Gilbertson, a chefe da investigação. Ela ofereceu diferentes tipos de folhas para ver o que ele poderia comer. “Eventualmente, nós utilizávamos folhas de cerejeira mortas”. Acontece que as folhas que cresciam no sol possuíam uma cera que dificultava a digestão dos caracóis. Com a nova dieta, o bebé caracol começou a crescer e assim também seus companheiros adultos de espécie.

Logo os caracóis se tornaram máquinas de fazer bebés. Até junho de 2015 o laboratório tinha gerado mais de 600 caracóis, quase triplicando toda a população para a espécie. No mês passado 200 deles foram soltos em Chittenango Falls. Graças a este pequeno caracol, a sua espécie não está mais em vias de extinção.

Fig. - O "pequeno herói" que a permitiu a salvação da sua espécie