As lamas e argilas ideais para a
preservação de registos fósseis são menos comuns nos lagos marcianos do
que na Terra. Um novo estudo de 226 antigos leitos no Planeta Vermelha
revela que apenas um terço mostram evidências de tais depósitos à
superfície hoje em dia.
Uma equipa de
cientistas da Universidade de Brown, no estado americano de Rhode
Island, estudou imagens da superfície de Marte obtidas pela sonda Mars
Reconnaissance Orbiter, da sonda Mars Odyssey e da sonda Mars Express em
busca de lagos que no passado já tiveram fluxos interiores e exteriores
de água. Analisaram então a luz reflectida de cada lago para determinar
a sua composição química, na esperança de identificar as lamas e
argilas que se encontram em tais sistemas cá na Terra.
Descobriram que
apenas 79 dos leitos continham depósitos de minerais que apontam para
argilas à superfície. Esta escassez pode ser o resultado da química da
mistura de água marciana e do solo, ou pode ser outro sinal de que a
água no Planeta Vermelho apenas esteve à superfície durante um breve
período de tempo, dizem os cientistas.
Se a vida se desenvolveu em Marte, os depósitos de argila e os sedimentos podem conter evidências da sua existência.
Quando o Curiosity,
o próximo rover da NASA, aterrar em Marte este Verão, vai procurar
argilas e sedimentos na Cratera Gale por indícios de ambientes passados
que podem ter suportado vida microbiana.
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Source: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2012/03/13_argilas_vida_marte.htm |