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Astrónomos descobrem a estrela mais rápida que se conhece
Poderá ser fugitiva, ejectada de um sistema de estrelas duplasUma
equipa internacional de astrónomos descobriu, na galáxia mais próxima
do sistema solar, uma nova estrela que, apesar de ter 25 vezes a massa
do Sol e ser cem mil vezes mais brilhante, é a mais rápida que se
conhece.
A estrela, a que chamaram VFTS 102, intrigou os cientistas pela
velocidade a que se deslocava - dois milhões de quilómetros por hora, ou
seja, 300 vezes mais depressa do que o Sol. A esta velocidade, uma nave
conseguiria percorrer o círculo da Terra em um minuto
.
"A extraordinária velocidade de
rotação aliada ao movimento invulgar relativamente às estrelas situadas
na sua vizinhança, levou-nos a perguntar se esta estrela não teria tido
um começo de vida invulgar. Ficámos desconfiados”, contou Philip Dufton.
Embora os astrónomos já tivessem visto pulsares (estrelas que colapsam e
ficam muito pequenas girando muito rapidamente e emitindo poderosos
jactos de radiação), não conheciam ainda nenhuma estrela que, com esta
densidade e brilho, ganhasse tamanha velocidade.
Os astrónomos pensam que esta estrela poderá ser fugitiva, o que
significa ter sido ejectada de um sistema de estrelas duplas pela sua
companheira em fase de explosão. As estrelas fugitivas resultam de uma
espécie de
"triângulo amoroso espacial”, em que, após um encontro, duas delas tornam-se um "casal” e a terceira é expulsa.
Esta teoria, adianta a equipa no estudo, é corroborada por mais duas
pistas adicionais: um pulsar e um resto de supernova a ele associado,
encontrados na vizinhança da estrela.
"Esta é uma hipótese com
muito mérito, uma vez que explica todas as características invulgares
que observámos. Esta estrela mostra-nos claramente lados inesperados das
vidas curtas mas dramáticas das estrelas mais pesadas”, afirmou Philip Dufton.
A velocidade a que a VFTS 102 está a viajar está muito próxima do ponto
em que será desfeita em pedaços devido às forças centrífugas, mas para
já trata-se da mais veloz jamais observada. A observação desta estrela
foi feita através do Very Large Telescope do Observatório Europeu do
Sul, instalado no Chile.
A equipa de astrónomos tem utilizado este telescópio para fazer um
rastreio das estrelas mais pesadas e brilhantes da Nebulosa da
Tarântula, situada na galáxia Grande Nuvem de Magalhães, que orbita em
torno da Via Láctea.
07-12-2011
Source: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=52101&op=all |
Category: Astronomia | Added by: SaraF (2011-12-13)
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