A
busca pela descoberta de misteriosas partículas escondidas no universo levou o
físico teórico Eef van Beveren, da Universidade de Coimbra, à identificação do
bosão mais leve de sempre, uma partícula subatómica que resulta das interações
nucleares. Denominada pelo investigador como E(38), esta nova partícula que
pode ser descrita como uma bolha de sabão, é 25 vezes mais leve do que um
protão.
O físico de
Coimbra utilizou os resultados de experiências realizadas nos aceleradores de
partículas de Bona (Alemanha) e do CERN (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear),
na Suíça, através de um modelo, desenvolvido em conjunto com o cientista George
Rupp, do Instituto Superior Técnico, Lisboa.
Fig.1: físico teórico Eef van Beveren, da Universidade de Coimbra.
Os investigadores identificaram a
evidência clara de um novo bosão.
Denominada pelo investigador como E(38), esta nova
partícula que pode ser descrita como uma bolha de sabão, é 25 vezes mais leve
do que um protão e, apesar de ainda serem necessários muitos estudos para
avaliar as suas propriedades e o seu armazenamento, as implicações desta
descoberta são de longo alcance, não apenas para física hadrónica (física das
partículas que estuda as interações fortes), mas também para física das altas
energias e cosmologia.
Em comunicado, a Universidade de Coimbra explica
que até poderá ser utilizada como uma fonte de energia nuclear mais limpa, dado
que não há resíduos.
No entanto, os investigadores ressalvam que isto
acontecerá apenas num futuro bastante afastado, porque, para já, além da sua
existência, desconhece-se praticamente tudo sobre esta partícula antevê Eef van
Beveren.
Uma certeza tem o investigador da UC que desde há mais de duas décadas
suspeita da existência desta partícula: "a descoberta da E(38) constitui uma surpresa completa para a
comunidade científica porque se trata de uma partícula muito especial e mais
leve do que quaisquer outras partículas com (anti)quarks. Descobertas destas só
há uma vez por século!".
Para se imaginar a capacidade desta partícula, o físico da UC calcula
que um miligrama desta matéria dará para um Mega Watt durante um ano.