Amanhã é o grande dia: o rover Curiosity levanta voo. Mas transportá-lo até ao Planeta Vermelho tem mais que se lhe diga, não basta só colocá-lo a bordo de um foguetão Atlas V e apontar na direcção de Marte. A navegação da nave é uma ciência muito precisa e constante, e, em termos mais simples, acarreta a determinação da posição contínua da nave ao longo da viagem e a manutenção do seu percurso até ao destino desejado. Além do mais, de acordo com o líder da equipa de navegação do rover, Tomas Martin-Mur, o único modo de transportar o Curiosity até Marte é fazendo com que a sua concha esteja sempre a olhar no "espelho retrovisor" para a Terra. "O que fazemos é 'conduzir' a nave usando dados da DSN (Deep Space Network)", afirma Martin. "Se pensarmos nisso, nunca vemos Marte. Não temos uma câmara de navegação óptica ou quaisquer instrumentos do género para ver ou sentir Marte. Estamos viajando para Marte, sempre olhando de volta para a Terra, e com medições terrestres somos capazes de atingir Marte com uma precisão muito alta." Esta alta precisão é muito importante porque o Curiosity usa um novo sistema de entrada, descida e aterragem, que permitirá ao rover aterrar com uma maior precisão do que outros rovers e "landers". "É incrivelmente complicado, e embora seja parecido ao que já fizemos com os rovers Spirit e Opportunity, desta vez temos um maior nível de precisão," afirma Martin-Mur. "Isto permite-nos aterrar num lugar muito excitante, a cratera Gale."
Source: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2011/11/25_curiosity.htm |