Desde nono planeta do Sistema Solar, a posterior planeta anão e agora com um novo gémeo, Plutão, ainda que não querendo, continua a estar na ribalta da comunidade científica. No passado dia 27 de Outubro, quinta-feira, foram divulgadas pela revista científica Nature, novas informações que vêm aumentar os conhecimentos relativos a Éris, um planeta anão que se encontra para lá de Plutão, mas que muito se assemelha a este.
As informações mencionadas terão sido obtidas no final do ano de 2010, no Chile, quando Éris terá passado em frente de uma estrela de baixa luminosidade, permitindo que os astrónomos utilizando telescópios, o analisassem em vários cantos do planeta.
Fig. 1: Fenómeno de Ocultação do planeta anão Éris no Chile
Após as observações, o valor do diâmetro de Éris foi estimado para os 2326 quilómetros com uma precisão de 12 quilómetros assemelhando-se ao diâmetro de Plutão que oscila entre os 2300 e os 2400 quilómetros. Foram também delineadas noções relativas à forma de Éris, que se veio revelar esférica, tal como afirmaram os pesquisadores brasileiros André Milone, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e Marcelo Assafin, do Observatório Valongo: "A descoberta da esfericidade de Éris reforça a classificação (de planeta anão) recebida por ele".
 Este estudo permitiu ainda apontar Éris como sendo 27% mais pesado que Plutão, calcular aproximadamente a sua densidade e estimar uma temperatura média à superfície do mesmo que rondará, no máximo, os -238º Celsius para a superfície iluminada pelo Sol. A descoberta de Éris em 2005 levou ao surgimento de um grupo de corpos celestes denominados por planetas anão mas só agora parece ter começado a ser compreendido tal como revelou Bruno Sicardy: "Cinco anos depois da criação da nova classe dos planetas anões estamos finalmente a conhecer bem um dos seus membros fundadores”. Fig. 2: Ilustração de Éris
O fenómeno que sustentou este estudo foi a ocultação que consiste na passagem de corpos celestes à frente de estrelas que permitem o seu visionamento na Terra, utilizando os telescópios. Estes fenómenos são raros e alguns dificeis de se observar, como o presente caso de Éris, cuja elevada distância da Terra, dificultou a sua observação.
Para mal dos pecados de Plutão, parece haver sempre algo ou alguém disposto a o tornar foco de atenção, nem que lhe tentem atribuir um "irmão"gémeo" e afectar a estabilidade emocional da sua família!
Fig.3: Planetas anão
Source: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2011/10/28_eris_plutao.htm | 
