Imagine que quer medir o tamanho de um quarto, mas está completamente escuro. Se gritar, consegue discernir se o espaço é relativamente grande ou pequeno, dependendo de quanto tempo leva para ouvir o eco depois de ressaltar da parede
![](http://www.nasa.gov/sites/default/files/styles/full_width/public/thumbnails/image/pia20645_main.jpg?itok=wLdDZhFH)
Esta ilustração mostra uma estrela rodeada por um disco protoplanetário. O material do disco espesso percorre as linhas do campo magnético da estrela e é depositado à superfície. Quando o material atinge a estrela, aumenta de brilho.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
Os astrónomos usam este princípio para estudar objetos tão distantes que não podem ser vistos como mais do que pontos. Em particular, os investigadores estão interessados em calcular quão longe as estrelas jovens estão dos limites internos dos discos protoplanetários em seu redor. Estes discos de gás e poeira são locais onde os planetas se formam ao longo de milhões de anos.
"A compreensão dos discos protoplanetários ajuda-nos a perceber alguns dos mistérios dos exoplanetas, planetas em sistemas para lá do nosso," afirma Huan Meng, associado de pesquisa de pós-doutorado na Universidade do Arizona, em Tucson, EUA. "Nós queremos saber como é que os planetas se formam e porque é que encontramos planetas grandes a que chamamos 'Júpiteres quentes' tão perto das suas estrelas."
Meng é o primeiro autor de um novo estudo publicado na revista The Astrophyical Journal usando dados do Telescópio Espacial Spitzer da NASA e dados de quatro telescópios terrestres para determinar a distância entre uma estrela e a orla interior do seu disco protoplanetário circundante.
A medição não foi tão simples quanto colocar uma régua por cima de uma fotografia. Seria tão impossível quanto usar uma foto de satélite do ecrã de um computador para medir a largura do ponto final desta frase.
Source: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2016/04/29_ylw_16b.htm |