Descubra como os novos avanços da
astronomia estão a revelar centenas de planetas extra-solares.
Desde que Galileu apontou um telescópio para o céu, há 400 anos, que a descoberta
de planetas fora do nosso sistema solar é um objectivo muito estimado pelos
astrónomos. A isto acresce a grande esperança de encontrar planetas semelhantes
à Terra, capazes de sustentar vida. Se ficar provado que estamos sós no
universo, ou que o partilhamos com outros seres, isso terá grandes implicações
para a humanidade.
Técnicas
introduzidas nos anos 90, recorrendo à interferometria e à coronagrafia,
provaram que outros sistemas solares possuem grandes corpos planetários
extra-solares. A corrida para descobrir planetas com o tamanho da Terra, a
muitos anos-Luz, capazes de suportar vida, carece de mais precisão. Para
atingir esse objectivo, observatórios por todo o mundo estão a melhorar a sua
tecnologia, mas é nos telescópios espaciais que depositamos a maior esperança.
Onde os
procuramos?
A procura por exoplanetas está
actualmente restringida à nossa própria galáxia, a Via Láctea, que tem um
diâmetro de cerca de cem mil anos-Luz. Tal deve-se principalmente ás limitações
de tecnologia e de técnicas que utilizamos para os descobrir.
Utilizando os métodos astrométricos e
do efeito Doppler, a área de busca tem um alcance entre cem e 300 anos-Luz, que
pode ser prolongado pelo método de trânsito até seis mil anos-Luz, ou 12 mil
anos-Luz através da cronometria - método proposto pelo actualmente suspenso
projecto norte-americano TPF-C. A ampliação gravitacional pode encontrar
planetas extra-solares que estejam a 25 mil anos-Luz. À medida que estas
técnicas são refinadas, o alcance de busca prolonga-se.
Uma teoria defende que
a galáxia tem uma zona habitável e que os sistemas solares muito longe ou perto
do centro não têm planetas que suportem vida. Se isto for verdade, será difícil
descobrir o "irmão" da Terra.
Como procuramos?
Os
planetas extra-solares são pequenos e escondem-se atrás do brilho das estrelas
que orbitam é impossível vê-los directamente pelo telescópio. Há quatro métodos
de inferir a sua existência.