Sondas serão lançadas com o foguetão russo Proton
A Agência Espacial Russa (Roscosmos) e a Agência Espacial Europeia (ESA) vão cooperar no projecto de exploração de Marte ExoMars, do qual a NASA anunciou a sua retirada em Fevereiro passado. O director da Roscosmos, Vladimir Popovkin, e os director da ESA, Jean-Jacques Dordain, reuniram-se em Moscovo, tendo chegado hoje a um acordo preliminar.
O projecto, cujo custo ronda os 990 milhões de euros, estipulava que a NASA e a ESA enviassem a Marte uma sonda para orbitar o planeta, em 2016, e outra para explorar o seu subsolo, dois anos depois. A sonda seria lançada no foguetão Atlas, da agência norte-americana.
A NASA decidiu sair do projecto e não utilizar o seu foguetão devido a falta de verbas. Quando anunciou a desistência, admitiu que se ia focar mais nos seus próprios projectos, como o do telescópio espacial James Webb (JWST), sucessor do histórico Hubble, cujo lançamento se atrasou várias vezes, multiplicando o seu custo.
Depois desta retirada do ExoMars, a ESA viu-se obrigada a arranjar outros sócios para continuar com a missão. Este acordo preliminar com a Rússia estipula que ambos os lançamentos serão feitos com o foguetão russo Proton.
Apesar de já não fornecer o foguetão, a NASA afirma que não está completamente fora do projecto. Espera que alguma da tecnologia já desenvolvida possa ser utilizada numa missão posterior que ocorrerá entre 2018 e 2020.
O projecto ExoMars começou a ser desenvolvido em 2008. Desde então, tem sofrido vários cortes. Os EUA reduziram já o ano passado a quantidade de dinheiro investido. A ESA tinha-se comprometido a gastar mil milhões de euros e esperava que os EUA gastassem uma quantia semelhante.