Dentro de uma semana será possível observar o brilho da supernova apenas com binóculos
O telescópio do Observatório do Monte Palomar, em San Diego
(Califórnia), captou o início da transformação de uma estrela em
supernova. O brilho desta supernova, de tipo Ia, está a aumentar a cada
minuto. Devido à sua proximidade com a Terra, a supernova poderá
ser vista através de uns bons binóculos daqui a uma semana ou dez dias,
estimam os investigadores.
Os computadores que analisam os dados do telescópio identificaram o
fenómeno no dia 24 de Agosto e difundiram-no pela rede mundial de
observatórios. O primeiro cientista a observar a PTF 11kly foi Peter
Nugent, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley. A supernova
encontra-se na M101, conhecida como Galáxia do Catavento, que se
encontra "apenas” a 25 milhões de anos-luz de distância.
Estas explosões ocorrem quando uma estrela muito massiva queimou todo o
hidrogénio (combustível) e o seu forno de fusão nuclear interno já não
consegue conter a pressão da gravidade da própria estrela. O corpo entra
em colapso desencadeando a explosão que chega a adquirir um brilho
superior a toda a galáxia onde se encontra.
O investigador Mark Sullivan, da Universidade de Oxford, lidera uma das
primeiras equipas que começou a seguir a evolução da supernova. Explica
que estas supernovas tipo Ia são utilizadas para medir a expansão do
Universo. Observar uma tão perto permite estudá-la detalhadamente como
nunca foi feito.
Captar esta supernova nas suas primeiras horas é importante para os
astrónomos pois permite não só ficar a conhecer a sua evolução como
observar fragmentos da estrela que explodiu. Isto pode dar pistas para
resolver o mistério da origem destas supernovas que têm intrigado os
cientistas há várias décadas.
Source: http://www.cienciahoje.pt |