Uma equipa internacional de astrónomos liderada pela Dra. Andrea Kunder do Instituto Leibniz de Astrofísica de Podstam, Alemanha, e pelo Dr. R. Michael Rich da Universidade da Califórnia em Los Angeles, EUA, descobriu que os 2000 anos-luz centrais da Via Láctea abrigam uma população antiga de estrelas. Essas estrelas têm mais de 10 mil milhões de anos e as suas órbitas no espaço preservam o início da história da formação da Via Láctea.
![image (1000×678)](http://www.aip.de/en/news/press/rr-lyrae/image)
Pela primeira vez, a equipa "desembaraçou" este componente antigo da população estelar que atualmente domina a massa central da Galáxia. Os astrónomos usaram o espectrógrafo AAOmega do AAT (Anglo Australian Telescope) perto de Siding Spring, Austrália, e focaram-se numa classe bem-conhecida e antiga de estrelas, as chamadas variáveis RR Lyrae. O brilho destas estrelas pulsa mais ou menos uma vez por dia, o que as torna mais difíceis de estudar do que as suas homólogas estáticas, mas têm a vantagem de ser "velas padrão".
As estrelas variáveis RR Lyrae permitem estimativas exatas de distância e podem ser encontradas apenas em populações estelares com mais de 10 mil milhões de anos, por exemplo, em antigos enxames globulares situados no halo. As velocidades de centenas de estrelas foram registadas simultaneamente na direção da constelação de Sagitário, sobre uma área maior que a Lua Cheia. Por conseguinte, a equipa foi capaz de usar o mesmo carimbo de idade das estrelas para explorar as condições na parte central da nossa Via Láctea, quando esta foi formada.
Saiba mais:http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2016/04/26_rr_lyrae_via_lactea.htm
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