O Telescópio Espacial Hubble descobriu uma extraordinária população de jovens galáxias anãs repletas de formação estelar. Embora as galáxias anãs sejam o tipo mais comum de galáxias no Universo, a veloz formação estelar observada nestes recém-descobertos exemplos pode forçar os astrónomos a reavaliar o seu conhecimento dos processos de formação galáctica.
Estima-se que o Universo tenha 13,7 mil milhões de anos, e estas galáxias recém-descobertas são extremas mesmo para o Universo jovem -- quando a maioria das galáxias formava estrelas a maiores velocidades do que hoje em dia.
"Só recentemente é que os astrónomos foram capazes de observar zonas minúsculas do céu com a sensibilidade necessária para detectar estas galáxias," afirma Arjen van der Wel do Instituto Max Planck para a Astronomia em Heidelberg, Alemanha, autor principal de um artigo a ser publicado na edição online de 14 de Novembro da revista The Astrophysical Journal. "Não estávamos especificamente à procura destas galáxias, mas sobressaíram devido às suas cores invulgares."
As observações faziam parte do CANDELS (Cosmic Assembly Near-infrared Deep Extragalactic Legacy Survey), um ambicioso estudo de três anos com o objectivo de analisar as galáxias mais distantes do Universo. O CANDELS é o primeiro censo de galáxias anãs nesta época primordial.
"Além das imagens, o Hubble capturou o espectro, que nos mostra o oxigénio num punhado de galáxias e confirma a sua natureza de extrema formação estelar," afirma a co-autora Amber Straughn do Centro Aeroespacial Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland, EUA. "O espectro é como as impressões digitais. Diz-nos a composição química das galáxias."
Source: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2011/11/11_galaxias_anas.htm |