Dentro da sonda europeia LISA Pathfinder, lançada na madrugada do dia 3 de dezembro de Kourou, na Guiana Francesa, vão dois cubos de ouro e platina com 46 milímetros de cada lado. Quando a sonda estiver a postos para trabalhar, estes cubos estarão a cerca de 38 centímetros de distância um do outro, a levitar no espaço. Será aí que começarão os testes desta novíssima tecnologia que, no futuro, ajudará a procuras as famosas ondas gravitacionais que Albert Einstein defendeu que existirem em 1915.
Segundo a teoria da relatividade geral de Einstein, as ondas gravitacionais são minúsculas perturbações no tecido do espaço-tempo originadas pela aceleração de objetos maciços como os buracos negros. Estas ondas nunca foram detetadas diretamente porque são muito ténues. Uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA) quer mudar isso, mas, tal como em muitas outras missões espaciais, precisa de desenvolver tecnologia nova para o fazer.
É aqui que entra a sonda da ESA LISA Pathfinder, que custou 400 milhões de euros, e que é um passo intermédio nesta longa busca da deteção das ondas.
"A missão vai pôr estes dois cubos a levitar no espaço e monitorizar as suas posições relativas com uma precisão impressionante, lançando as fundações para as observações no espaço de ondas gravitacionais", lê-se num comunicado da ESA.
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