A procura por marcianos pode ser mais complicada do que o previsto. As argilas, que há muito se pensa serem sinais claros de um passado mais quente e molhado do Planeta Vermelho, podem ser meramente sinais de actividade vulcânica - o que torna algumas regiões em Marte menos favoráveis à vida. As camadas de argilas descobertas em Marte sugerem que durante o período Noachiano, há cerca de 4,2-3,5 mil milhões de anos atrás, o planeta era quente o suficiente para conter água líquida - necessária para a vida como a conhecemos. Os cientistas pensavam que as argilas de Marte podiam ter-se formado numa de duas maneiras: através da interacção do solo com água à superfície, ou graças a água que borbulhava até à superfície via fontes hidrotermais. Estas antigas argilas marcianas podem ter até centenas de metros de espessura, que é mais provável estarem associadas com fluxos de lava do que solo interagindo com água. "Este resultado implicaria que Marte não teria sido tão hospitaleiro para a vida como se pensava na altura em que a vida na Terra estava a começar a prosperar," afirma Brian Hynek da Universidade do Colorado em Boulder, que não esteve envolvido no estudo.
Source: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2012/09/11_argilas_marte.htm |