A sonda orbital Mars Express, produzida pela Agência Espacial Europeia, orbita Marte desde 2003 e, segundo as recentes notícias, realizou várias sondagens de radar com as quais detectou sedimentos que parecem representar os restos de um raso oceano que terá existido há cerca de 3 bilhões de anos em Marte.
O radar de sondagem com que a sonda está equipada lança ondas de rádio contra o planeta com o sentido de investigar a sua composição e terá identificado aquilo que parecem ser depósitos sedimentares no pólo norte marciano. Fig. 1: Planeta Marte
"Mapeamos a intensidade do eco de superfície de todo o planeta", explica o principal autor do estudo, Jérémie Mouginot, geofísico da University of California em Irvine. Um depósito geológico próximo ao pólo norte marciano que há muito se suspeita ter origem sedimentar, apresentou uma baixa reflectividade do radar, menor do que seria esperado se a formação fosse vulcânica, e não sedimentar.
"Acredito que o que tivémos aqui foi um episódio de inundações rápidas ou algo do tipo que cobriu a planície norte", acrescentou Jérémie Mouginot. Marte parece ter tido actividade geotérmica suficiente para derreter uma grande quantidade de água do solo e alimentar um oceano raso, com talvez 100 metros de profundidade, há cerca de 3 bilhões de anos.
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