O massivo e jovem agrupamento estelar, conhecido como R136, tem poucos
milhões de anos de vida e reside na Nebulosa 30 Doradus, uma região
turbulenta de formação de estrelas localizada na Grande Nuvem de
Magalhães, uma galáxia satélite à Via Láctea.
Não se conhece na Via Láctea uma região de formação de estrelas tão grande e tão prolífica como a 30 Doradus. Muitas
das estrelas azuis visíveis na imagem acima que parecem como diamantes,
estão entre as estrelas mais massivas conhecidas. Algumas delas são 100
vezes mais massivas que o Sol. Essas estrelas já tem um destino traçado
e em poucos milhões de anos devem explodir como supernovas. A
imagem foi relizada no comprimento de onda do ultravioleta, visível e
na luz vermelha registrada pela Wide Field Camera 3 do Hubble, e se
estende por 100 anos-luz. A nebulosa está perto o bastante da Terra para
que o Hubble consiga identificar estrelas de forma individual, dando
assim aos astrônomos importantes informações sobre o nascimento e a
evolução das estrelas. As estrelas brilhantes
estão cavando profundas cavidades no material ao redor, lançando luz
ultravioleta e ventos estelares com força de um furacão, ou seja, jatos
de partículas carregadas, que expulsam para longe a nuvem de gás
hidrogênio onde as estrelas nasceram. A imagem revela uma paisagem
fantástica de pilares, cadeias e vales, bem como uma região escura no
centro que parece grosseiramente com uma árvore de natal. Além de
esculpirem o terreno gasoso ao redor, as estrelas brilhantes podem
também ajudar a criar uma sucessiva geração de novas estrelas. Quando os
ventos alcançam as densas paredes de gás, eles criam choques, que podem
gerar uma nova onda de nascimento de estrelas. Essas
observações foram feitas entre os dias 20 e 27 de Outubro de 2009. A
cor azul é a luz das estrelas mais quentes e massivas, a cor verde é
gerada pelo brilho do oxigênio e a cor vermelha pela fluorescência do
hidrogênio.
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