Harrison Schmitt, astronauta da última missão do projeto Apollo, diz que o governo norte-americano não tem capacidade para voltar a enviar homens à Lua e que serão empresas privadas a financiar a exploração mineira no satélite.
No 40.º aniversário da missão Apollo 17, a última do projecto, um dos astronautas presentes nessa última viagem à Lua, Harrison Schmitt, defende que as empresas privadas vão apostar na exploração do satélite, não só com uma perspectiva mais turística, mas na exploração mineira.
Em causa está a extracção de hélio-3, uma fonte de combustível difícil de se ter na Terra, mas que não falta na Lua. "Se se tiver uma razão para se construir foguetões, naves espaciais e máquinas de exploração mineira, os custos vão diminuir. O governo não tem capacidade para diminuir os custos onde seria económico fazê-lo", salientou Schmitt à BBC.
Para o antigo astronauta serão as empresas privadas a apostar na exploração mineira para a extracção de hélio-3. Esta fonte de combustível é vista como o futuro, pois 25 toneladas pode permitir fornecer energia para todo o planeta durante um ano. Se na Terra há apenas a capacidade para produzir várias dezenas de gramas por ano, as estimativas, mais baixas, é que na Lua as reservas atinjam as 500 mil toneladas.
Source: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2933213 |