Os cientistas há muito que se perguntam sobre o que torna a superfície de Mercúrio tão escura. O planeta mais interior do Sistema Solar reflete muito menos luz solar do que a Lua, um corpo cuja escuridão superficial é controlada pela abundância de minerais ricos em ferro. Sabe-se que estes são raros à superfície de Mercúrio. Então qual é aqui o "agente de escurecimento"?
Fig1-Esta imagem oblíqua de Basho mostra o halo escuro que rodeia a cratera. O halo é composto pelo denominado LRM (Low Reflectance Material; Material de Baixa Reflectância), que foi escavado das profundezas quando a cratera foi formada. A região é também conhecida pelas suas crateras com raios brilhantes, que tornam a área facilmente visível mesmo de longe.
Há cerca de um ano atrás, os cientistas propuseram que o tom escuro de Mercúrio era devido a carbono gradualmente acumulado pelo impacto de cometas que viajavam até ao Sistema Solar interior. Agora, os cientistas liderados por Patrick Peplowski do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins usaram dados da missão MESSENGER para confirmar uma alta abundância de carbono à superfície de Mercúrio. No entanto, também descobriram que, em vez de ser entregue por cometas, o carbono é provavelmente originário das profundezas do planeta, na forma de uma crosta agora perturbada e enterrada rica em grafite, alguma da qual foi mais tarde trazida até à superfície por processos de impacto depois da formação da maioria da crosta atual de Mercúrio. Os resultados foram publicados na edição de 7 de março de 2016 da revista Nature Geoscience.
Saiba mais em:
http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2016/03/8_mercurio.htm
Source: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2016/03/8_mercurio.htm |