Depois do lançamento ter sido um sucesso, neste momento os engenheiros russos lutam contra o tempo para salvar a missão da Agência Espacial Russa em Marte. Lançada na noite de quarta-feira, dia 8 de Novembro, a partir de uma base espacial no Cazaquistão, a Phobos-Grunt elevou-se no ar acoplada a um foguetão, do qual se separou no momento previsto pelos cientistas. A partir desse momento, a sonda deveria ter continuado o percurso em direcção ao Planeta Vermelho com recurso a um motor próprio. No entanto, o engenho que deveria mantê-la na rota correcta falhou e a Phobos-Grunt continua "presa" na órbita da Terra. Fig.1: Phobos-Gunt. Os engenheiros russos dispõem de um espaço de tempo limitado para voltar a pôr a nave espacial na sua rota. Se dentro de três dias a rota não for corrigida a sonda perderá a energia e a mais recente tentativa da indústria espacial russa para relançar a exploração interplanetária será um falhanço. A Phobos-Grunt foi desenhada para recolher amostras de solo de uma lua de Marte, a Phobos. Os russos querem determinar se se trata de uma lua ou de um asteróide bloqueado na órbita do planeta. Caso consigam resolver o "incidente", colocar o motor a funcionar e enviar a sonda para Marte, esta deve alcançá-lo depois de viajar pelo espaço durante 11 meses. Uma vez em Marte permanecerá na sua missão até 2014. Fig.2: Objectivo da missão: Recolher amostras do solo de Phobos. O programa espacial russo tem sido tímido no lançamento de objectos espaciais desde que, em 1966, a sonda Mars 96 caiu no Oceano Pacífico. Os anos dourados da exploração do espaço na Rússia datam do tempo da URSS.
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