Um novo estudo sugere que o
planeta gigante Úrano foi inclinado para um lado por uma sucessão de
"murros" em vez de um único KO como se pensava anteriormente. O
achado lança luz sobre a história de Úrano e das suas muitas luas. Pode também
forçar os astrónomos a repensar as suas ideias acerca da formação e evolução
dos planetas gigantes do Sistema Solar.
"A teoria padrão da
formação planetária assume que Úrano, Neptuno e os núcleos de Júpiter e Saturno
foram formados por acreção de pequenos objectos no disco protoplanetário,"
afirma Alessandro Morbidelli, líder do estudo do Observatório da Riviera
Francesa em Nice. "Não devem ter sofrido colisões gigantes. O facto de
Úrano ter sido atingido pelo menos duas vezes sugere que os impactos eram
comuns na formação dos planetas gigantes," acrescenta Morbidelli.
"Por isso, a teoria padrão tem que ser revista."
Úrano é um planeta invulgar. O seu eixo de rotação está inclinado uns
incríveis 98 graus, o que significa que essencialmente roda de lado. Nenhum
outro planeta tem uma inclinação parecida. Júpiter está inclinado 3 graus, e a
Terra 23 graus.
Os
cientistas há muito que suspeitam que um impacto violento deve ter inclinado
Úrano. O conhecimento aceite é que um único objecto, com várias vezes a massa
da Terra, fez esse estrago, colidindo há muito tempo atrás com Úrano, realçaram
os investigadores. Após levarem a cabo uma série de simulações computacionais,
Morbidelli e a sua equipa parecem ter descoberto uma explicação melhor.
Source: http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2011/10/11_urano.htm |