As pistas onde se realizaram a ‘prova’ (com 4 a 12 micrómetros de
largura por 400 micrómetros de comprimento) foram encomendadas ao
laboratório francês Cytoo e enviadas as seis laboratórios em França,
Alemanha, Reino Unido, Singapura e Estados Unidos (duas instituições),
onde se realizaram as experiências.
Durante 24 horas, os cientistas registaram a velocidade das células. O
especialista Simon Atkinson, do Departamento de Biologia da Universidade
de Indiana (EUA), explicou que as células mais rápidas foram as células
estaminais (em estado primitivo) e as células cancerígenas.
As células estaminais estão programadas para migrar durante o seu
estado embrionário para diferentes partes de um organismo, onde se
converterão em células especializadas segundo a função a ser
desempenhada naquela parte do corpo.
Nos indivíduos adultos as células já estão formadas e têm funções
específicas, existindo por isso mecanismos para conter essa deslocação.
Quando as células se tornam cancerígenas tendem a sofrer uma espécie de
regressão que activa o programa que as fazia migrar durante o seu
estado de desenvolvimento. Essa migração é a metástase do cancro.
Esta investigação pode ajudar os cientistas a entender a complexidade
do cancro e assim abrir as portas para a descoberta de novas formas de
tratamento.