Hoje, celebra-se o Dia Internacional da Diversidade Biológica e, este ano, a comunidade científica está com os olhos postos na biodiversidade marinha. O oceano cobre mais de 70 por cento da superfície terrestre e alberga pelo menos 250 mil espécies marinhas, identificadas até hoje, para além de outras tantas microscópicas, que podem representar menos de 25 por cento do total da biodiversidade marinha, estimada actualmente em mais de um milhão de espécies.
Este ano o mote das celebrações é «Um Oceano – Muitos mundos de Vida». Note-se que 95 por cento do volume dos oceanos continua por explorar, pelo que, seguramente, muitas novas espécies estarão por descobrir e, por isso, se realizou um mega estudo que envolveu 2700 cientistas de 80 países e que participaram em 540 expedições marinhas por todo o mundo, no âmbito do Censo da Vida Marinha.
O resultado dessas expedições descreveu 200 novas espécies, aumentando o total de espécies descritas cientificamente para 250 mil, elevando para um ou até dois milhões o número global de formas de vida (excluindo seres microscópicos como os vírus).
Em Portugal, o ICNB está a cargo desta celebração internacional com um programa em torno da conservação dos golfinhos-roazes do estuário do Sado. O plano de acção para a salvaguarda e monitorização desta espécie está em execução há quatro anos.
A exploração exagerada do mar, e dos seus inúmeros recursos, tem provocado efeitos devastadores no equilíbrio dos ecossistemas marinhos. A efeméride celebra a entrada em vigor da Convenção da Diversidade Biológica, que entrou em vigor em 1992 e visa aumentar a consciencialização sobre a importância da diversidade biológica. E, este ano, com uma especial chamada de atenção sobre os oceanos.
 Fig.1- A biodiversidade marinha é das menos conhecidas.
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