"Antes desta expedição, não sabíamos quantas espécies diferentes de organismos de plâncton é que existiam nos oceanos”, lembrou, adiantando que os trabalhos entretanto realizados permitiram concluir que existem "um milhão e meio de diferentes espécies de organismos no plâncton”.
A bordo do veleiro "Tara” passaram, ao longo dos dois anos e meio de expedição, 150 cientistas de diferentes países, que quiseram colaborar na investigação sobre o plâncton marinho, um recurso que contem "diferentes formas de vida e compostos bioactivos inexplorados”.
Para compilar a informação recolhida, os cientistas desenvolveram um novo método que lhes permitiu quantificar os organismos que constituem o plâncton (vírus, bactérias, micro-algas e animais microscópicos).
O director científico do projecto lembra que ninguém tinha ainda realizado um trabalho desta dimensão percorrendo "todos os oceanos” e recolhendo toda esta informação. "Vamos agora perceber porque é que temos certas combinações de organismos num determinado lugar”, sublinhou Karsenti, acrescentando que esses dados vão permitir também caracterizar, de novo, os oceanos.
O projeto da Fundação Tara conta com o apoio do governo francês, de fundos comunitários, além de diversas instituições internacionais, e pode ser acompanhado no site oceans.taraexpeditions.org.
Os coordenadores do projeto pretendem publicar, nos próximos meses, os primeiros resultados da expedição, para que estejam disponíveis a toda a comunidade científica.