Estudo em mães espanholas mostra que bactérias no leite são diferentes se as mulheres têm peso a mais ou fazem uma cesariana programada. Esta flora pode ser importante para o sistema imunitário do bebé.
São centenas de milhões de anos de evolução que estão concentrados no primeiro alimento de qualquer mamífero. Agora, sabe-se que a complexidade do leite materno envolve mais um factor. Quando um bebé humano bebe pela primeira vez o colostro, o leite que a mãe produz logo a seguir ao parto, está a levar à boca mais de 700 espécies diferentes de bactérias que vão definir para sempre a flora do seu tubo digestivo, revela um estudo publicado recentemente na revista American Journal of Clinical Nutrition.
O leite é um alimento que está adaptado às espécies. Nos cangurus, onde o desenvolvimento fora da placenta começa mais cedo, a composição do leite vai-se transformando à medida que a cria, na bolsa da mãe, cresce e desenvolve ora o cérebro, ora as unhas e o pêlo. E quando duas mamas são usadas por cangurus com idades diferentes, o leite de cada uma é adequado a cada um deles.
Nos países em desenvolvimento, nos primeiros seis meses de vida de um bebé, a amamentação aumenta seis vezes a hipótese de sobrevivência e evita a diarreia e infecções pulmonares. "O leite materno dá os nutrientes, as vitaminas e os minerais necessários a uma criança nos primeiros seis meses e ainda anticorpos da mãe que ajudam a combater doenças", lê-se no site da UNICEF.
Source: http://www.publico.pt/ciencia/noticia/na-formula-magica-do-leite-materno-ha-700-especies-de-bacterias-1581019 |