O director do Centro de Oceanografia da Universidade de Lisboa, Henrique Cabral, classifica a medida que limita o comércio de cinco tipos de tubarão, como mais um passo no sentido da conservação de espécies particularmente ameaçadas.
O especialista frisa que algumas destas espécies só se reproduzem aos 30 e 40 anos de idade, pelo que a sua subsistência num meio marinho depende muito de restrições à sua utilização.
A Convenção Internacional de Espécies Ameaçadas aprovou na segunda-feira, em Banguecoque, a limitação do comércio de cinco espécies de tubarão, numa tentativa de as salvar se serem mortas para a obtenção das barbatanas.
"Muitas destas espécies são capturadas para o comércio de partes do seu corpo, em particular as barbatanas", afirma Henrique Cabral à agência Lusa.
O responsável pelo Centro de Oceanografia da Faculdade de Ciências sublinha que estão em causa espécies com um ciclo de vida muito longo, uma maturação sexual tardia e uma fecundidade baixa.
