De acordo com os investigadores, durante a última década, a prevenção das doenças cardiovasculares evoluiu de intervenções isoladas aplicadas a factores de risco modificáveis para um modelo integrado de intervenções estratégicas baseado na quantificação e estratificação dos riscos pré-existentes.
O que permitiu essa mudança de estratégia foi a crescente disponibilidade de ferramentas para a quantificação e estratificação dos riscos. Essas ferramentas avaliam um conjunto de características individuais, os chamados factores de risco. Este foi o âmbito do estudo conduzido pela Universidade de Granada e recentemente publicado no «Journal of Evaluation in Clinical Practice».
No campo dos estudos epidemológicos na prevenção de problemas cardiovasculares, os Estados Unidos desenvolveram nos últimos anos um conjunto de modelos matemáticos. O seu propósito era fornecer uma estimativa da probabilidade de sofrer de um episódio cardíaco num curto prazo (entre cinco e dez anos), avaliando a exposição a factores de risco. Os investigadores da Universidade de Granada utilizaram este modelo no seu estudo.
Fizeram, assim, um estudo comparativo de diferentes equações aplicadas a um grupo de pacientes "em risco”, encaminhados para o serviço de Endocrinologia de um centro de cuidados primários em Granada. Os factores eram obesidade, tensão arterial alta, diabetes e alterações no perfil lipídico.