Investigadores do Centro de Neurociências (CNC) e da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveram um teste pioneiro para a detecção do potencial alergénico cutâneo de químicos (avaliação da sensibilização cutânea), que permite reduzir significativamente os ensaios em animais na indústria de cosmética.
O teste in vitro baseia-se na utilização de células de pele imortalizadas para avaliar, através da análise de diversos parâmetros, o potencial alergénico cutâneo de químicos antes da sua introdução no mercado, substituindo deste modo os respectivos ensaios em animais. Denominado ‘Sensitiser Predictor’, o projecto resulta de sucessivos estudos realizados ao longo dos últimos seis anos pelos investigadores Teresa Cruz Rosete, Bruno Neves e Susana Rosa. Já foi distinguido com vários prémios nacionais e internacionais, pois além de "dar resposta à imposição legislativa da União Europeia no sentido de abolir a utilização de animais em ensaios de produtos da indústria de cosmética, é um método muito mais rápido do que os actuais que recorrem aos ensaios em animais, mais económico e passível de ser usado em grande escala”, enumera Teresa Cruz Rosete.
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