Pois bem, imagine um quarto escuro, no qual se encontra a nossa protagonista – a grande-traça-da-cera, a qual podemos chamar de Carminda, para dar sumo à história. Lá ela jaz, tranquila, batendo as asas descontraidamente, quem sabe se não andará à procura de uma fêmea para acasalar (não a julguem!). No entanto, algo de errado se passa. Você pode não ver nada, neste caso ouvir, mas pode ter a certeza que a nossa pequena heroína ouve! E assim, a Carminda desvia-se, com um sorriso nos lábios, de um ataque de um morcego, esgueirando-se para a esquerda, evitando as suas presas mortíferas. A equipa procedeu então a vários testes, feitos a 20 traças adultas, fazendo-as ouvir determinados sons, tentando assim medir a vibração das suas membranas no tímpano e se os sons estavam a ser captados pelo nervo auditivo. Nestes testes, todas as 20 traças tinham as suas pequenas membranas a vibrar com sons até 300.000 Hz. Os resultados incríveis confirmaram as capacidades auditivas "sobre-humanas” de Carminda (sobre-traçaanas?), tanto que chegaram à conclusão que ouvidos como estes não há em mais lado nenhum – as grandes-traças-da-cera conseguem ouvir sons que nenhum animal emite no mundo! Fonte: http://www.querosaber.com.pt/ambiente/pequenas-em-tamanho-grandes-na-audicao |