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Português contribui para possível vacina contra a SIDA
Bruno Correia faz parte de uma equipa da Universidade de Washington que desenvolveu uma proteína com potencial para combater o vírus da SIDA.

Em entrevista ao Ciência Hoje, o jovem cientista português, actualmente a trabalhar no Scripps Research Institute, Califórnia, explica que a proteína desenvolvida tem a finalidade de actuar como uma vacina tradicional.
"O que fizemos foi criar uma proteína para a qual transplantámos um epitopo (segmentos estruturais das proteínas reconhecidos por anticorpos) do HIV, para o qual são conhecidos anticorpos neutralizadores. O objectivo final é usar esta proteína como uma vacina para averiguar se é possível produzir os tais anticorpos neutralizadores contra o vírus do HIV, que seriam por sua vez capazes de reconhecer e eliminar o vírus assim que entrasse no organismo humano”, afirma.

Para desenvolver a proteína, os cientistas começaram por utilizar ferramentas computacionais onde foram identificadas proteínas com características estruturais similares às do epitopo. Também utilizando as mesmas ferramentas foram gerados modelos e sequências de aminoácidos para esta proteína que permitissem manter a estrutura do epitopo do HIV na nova proteína. Na etapa seguinte, técnicas experimentais de evolução de proteínas foram utilizadas para se poderem seleccionar quais as sequências geradas que tinham as propriedades desejadas.

Neste processo, Bruno Correia foi responsável por toda a modelação estrutural utilizando ferramentas computacionais. "Estes cálculos computacionais serviram para gerar as sequências que nos permitiram posteriormente produzir esta proteína”, sublinha o investigador.

A investigação envolveu, para além da equipa central do laboratório de Bill Schief na Universidade de Washington, onde Bruno Correia e o outro co-autor deste trabalho, MIhai Azoitei, foram estudantes de doutoramento; cientistas do Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle, e também do Vaccine Research Center do NIH, em Washington.

Desde o seu início até à recente publicação dos resultados na revista Science, o estudo demorou "cerca de cinco anos” a ser concluído.

Nesta altura, "estão em curso os testes em ratinhos e ainda estamos na fase de entender qual a forma mais eficiente de administrar esta proteína de forma a gerar respostas imunes eficientes”, adianta Bruno Correia. Caso se consigam atingir os objectivos em ratinhos pode-se então começar a experimentar em modelos animais mais próximos dos humanos, como os macacos.

Bruno Correia (em baixo à esq.) com equipa da Universidade de Washington


Source: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=52144&op=all
Category: Ciência Viva | Added by: brunodapaz (2011-12-16) W
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