O olho humano é fundamental
para a astronomia. Sem a capacidade de ver, o universo luminoso das
estrelas, planetas e galáxias seria fechado para nós, e permaneceria
desconhecido para sempre. No entanto, os astrônomos não podem se
contentar apenas com o que veem e buscam no invisível a grande revelação
cósmica.

Além do âmbito da visão humana há um espectro eletromagnético inteiro de
fascinação. Cada tipo de luz, desde as ondas de rádio até os raios
gama, revela algo único sobre o Universo. Alguns comprimentos de onda
são melhores para estudar os buracos negros, outros podem revelar
estrelas recém-nascidas e planetas enquanto outros nos mostram os
primeiros anos da história cósmica.
Para pesquisar esse universo de possibilidades são usados os mais
diversos tipos de telescópios, capazes de vasculhar de ponta a ponta
todo o espectro eletromagnético. Um desses instrumentos é o Telescópio
Espacial Fermi, que opera no comprimento dos raios gama e que acaba de
cruzar uma nova fronteira espectral.
"Fermi está registrando fótons "malucos", altamente energéticos", disse o
astrofísico Dave Thompson, ligado ao Goddard Space Center, da Nasa.
"Ele está detectando tantos deles que nos possibilitou criar esse mapa,
que mostra todo o céu a partir do limite das energias muito altas, na
região entre 10 e 100 bilhões de eletrons-volt", disse o cientista.