Investigadores espanhóis e chilenos encontraram micróbios a dois metros de profundidade, o que reforça a esperança de se encontrar um dia vida em Marte
Figura 1. O deserto do Atacama está localizado na região norte do Chile até a fronteira com o Peru. A descoberta foi feita no subsolo.
Uma paisagem lunar, ou marciana, de uma extrema secura, onde predominam os tons castanhos, que se sucedem ao longo de quilómetros e mais quilómetros, é assim o deserto de Atacama, no norte do Chile. Mas foi sob este terreno inóspito e infértil que um grupo de investigadores chilenos e espanhóis descobriu agora, a dois metros de profundidade, um verdadeiro oásis de vida, onde se misturam diferentes micro-organismos.
A descoberta, publicada na revista científica Astrobiology, vem reforçar a hipótese de que comunidades semelhantes de micróbios possam albergar-se no subsolo árido de Marte. A equipa que fez a descoberta em Atacama, coordenada pelo investigador Victor Parro, do Centro de Astrobiologia espanhol (INTA-CSIC), encontrou as comunidades microbianas insuspeitas em habitats subterrâneos ricos em rochas salinas com grande capacidade de absorção de água.
A descoberta foi feita graças a uma tecnologia capaz de detetar sinais ínfimos de vida, designada SOLID, e que foi desenvolvida para futuras missões em Marte.
Source: http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2311818 |