Pela primeira vez, cientistas portugueses puseram no mar flutuador de rede mundial de observação dos oceanos
Assim que são lançados ao mar, mergulham até mil metros e andam aí nove dias ao sabor das correntes. Vão depois até aos dois mil metros, para subirem logo, enquanto medem a temperatura e salinidade. Uma vez na superfície, enviam os dados por satélite. Cerca de três mil flutuadores, os Argo, estão a fazer isto numa rede global de observação dos oceanos — e agora um deles foi lançado a 25 milhas do cabo Espichel pelo Centro de Oceanografia da Faculdade de Ciências de Lisboa, levado pelo navio Noruega, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
O novo flutuador, já a enviar dados, está agora a dirigir-se para sul. Além da temperatura e salinidade, os dados do Argo permitem conhecer as correntes marinhas, à superfície e a mil metros de profundidade. Poderá assim traçar-se um retrato rigoroso dos oceanos e, por exemplo, incorporar estes dados nos modelos de simulação da circulação oceânica — e, como oceanos e atmosfera estão interligados, fazerem-se melhores previsões meteorológicas.
Source: http://www.publico.pt/ciencia/noticia/flutuador-argo-lancado-a-25-milhas-do-cabo-espichel-1592410 |