As «Pirites Alentejanas» são o primeiro cartão de visita da vila de Aljustrel, antes de chegar ao casario. No terceiro ano de existência, o programa «Geologia no Verão» passou hoje pela mina do Moínho, desactivada desde 1993.
A descida ao fundo da mina, a 400 metros de profundidade, faz-se em jipes e equipados a rigor. Nas paredes são visíveis manchas de azurites, um dos minérios de cobre, assemelhando-se a cristais azul turquesa, apenas uma das belezas que a mina reserva. O percurso é explicado por cientistas, desde os tempos da exploração romana ao funcionamento actual e inclui uma visita à lavaria industrial.
Mariano Gago definiu o programa como «passeios geológicos acompanhados por profissionais a sítios geológicos importantes para compreender a história da terra», e adverte que «a Geologia no Verão não se confunde com desportos radicais». Tem como público-alvo todos os que, em tempo de férias, aproveitam para descobrir ou aprofundar conhecimentos a ciência.
São 25 as instituições envolvidas durante os meses de Agosto e Setembro, nas 268 acções de divulgação junto da população de todo o país, com visitas aos mais variados locais de interesse geológico.
Rosália Vargas, directora do Programa Ciência Viva diz que a iniciativa resulta de «um convite que nós fazemos às instituições científicas, nomeadamente, aos departamentos de geologia das universidades e o Instituto Geológico e Mineiro»