O Vale de Bamiyan, localizado a 240 km
de Cabul, no Afeganistão, contém diversos testemunhos culturais do Reino
da Báctria, dos séculos I a XIII, nomeadamente da corrente Gandhara da
arte budista.
Bamiyan fica na Rota da Seda, uma rota
de caravanas que ligava a China e a Índia, existindo nesta região
mosteiros budistas e um próspero centro para religião, filosofia e arte
Budista. Foi um local religioso Budista do século II, até a época da
invasão Islâmica no século XIX.
A arte religiosa mais importante da
região eram os dois Budas de Bamiyan, medindo 55 e 38 metros de altura,
os maiores exemplares de Budas em pé esculpidos no mundo. O peregrino
chinês budista Hsüan-tsang viajou pela área por volta de 630 d.C. e
descreveu Bamiyan como um florescente centro Budista "com mais de dez mosteiros e mais de mil monges”, destacando que ambas as estátuas do Buda estavam "decoradas com ouro e pedras preciosas”.
Porém, por ordem do governo
fundamentalista taliban, estas estátuas que haviam sido escavadas em
nichos na rocha, por volta do século V, foram brutalmente destruídas com
tiros de canhões. Embora as figuras dos dois Budas gigantes estejam
quase completamente destruídas, os seus contornos e algumas feições são
ainda reconhecíveis entre os restos. É também ainda possível explorar as
cavernas dos monges e as passagens que as ligam. Como parte do esforço
internacional para reconstruir o Afeganistão depois da guerra do
Taliban, o governo do Japão comprometeu-se a reconstruir os dois Budas
gigantes.
Source: http://www.diario-universal.com/2010/02/aconteceu/budas-de-bamiyan/ |