Apesar dos movimentos das placas tectónicas, dos terramotos e das
explosões vulcânicas, a Terra não se expande nem se contrai de forma
significativa, afirmam os cientistas, que não tiveram uma tarefa fácil
para chegar a estas conclusões.
As ferramentas que normalmente se utilizam para as medições incluem
satélites de telemetria por laser, uma rede de observação mundial que
mede com precisão milimétrica o tempo que demoram os pulsos de luz
ultra-curtos a chegarem das estações terrestres a satélites,
interferometria, vários telescópios, GPS, entre outros.
Nesta investigação, levada a cabo pelo Laboratório de Propulsão a
Jacto, foi aplicado um novo procedimento informático de cálculo para
estimar a taxa de mudança do raio médio da Terra sólida ao longo do
tempo, tendo em conta os efeitos de outros processos geofísicos.
Estes dados obtidos com as aquelas ferramentas foram combinados com as
medições dos satélites GRACE, da NASA, e os modelos da pressão do fundo
oceânico, que ajudam os cientistas a interpretar a mudança na gravidade
sobre o oceano.
Estimaram assim que a variação média do raio da Terra é de 0,1
milímetro por ano, uma taxa considerada estatisticamente insignificante.